terça-feira, outubro 23

...CIDADES SOFREM COM TEMPORAL...


Vida e Cidadania

Terça-feira, 23/10/2012
Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo / Em Pinhais, no bairro Vargem Grande, moradores cobrem casa destalhada com lonaEm Pinhais, no bairro Vargem Grande, moradores cobrem casa destalhada com lona
BALANÇO PARCIAL

Chuva causa estragos em 16 cidades do PR; 7,3 mil são afetados

Cidade mais afetada até o momento é Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense
23/10/2012 | 11:22 | FERNANDA TRISOTTO, ANTONIO SENKOVSKI E ALINE PERESatualizado em 23/10/2012 às 13:08
Um balanço preliminar da Defesa Civil do Paraná aponta que 16 cidades do Paraná registraram danos causados pela chuva até as 12 horas desta terça-feira (23). Os municípios que estão tendo problemas decorrentes do temporal são Antonina, Araucária, Candói, Campina do Simão, Campo Largo, Carambeí, Cascavel, Curitiba, General Carneiro, Guarapuava, Guaratuba, Manfrinópolis, Pato Branco, Pinhais, Piraquara e Ponta Grossa. Segundo o órgão, entre segunda e a manhã desta terça, o número de residências danificadas chega a 1.884 e foram afetadas 7.307 pessoas. De acordo com o boletim, há 210 pessoas desalojadas: 180 em Manfrinópolis, que registrou ocorrência de granizo, e 50 em Piraquara, onde além do granizo houve alagamentos.

FOTOS: veja mais imagens da chuva na capital e RMC
Segundo o capitão Enídio Angelotti, chefe da Defesa Civil estadual, casas foram atingidas por vento e granizo, mas nem todas as pessoas precisaram ser retiradas.
Situação é mais grave em Pinhais
Aline Peres
Até o fim desta manhã, Pinhais era o município mais afetado pelas chuvas e pelo granizo. O relatório da Defesa Civil municipal apontava 1,2 mil casas atingidas nos bairros Vargem Grande, Maria Antonieta, Estância Pinhais e no Centro.
Para o coordenador da Defesa Civil municipal, Lukala Nóbrega, foram 10 minutos de granizo, por volta das 18 horas de segunda-feira, e uma chuva intensa a partir da 1 hora desta terça que causaram prejuízos materiais à população do município.
Em 15 minutos, os índices apontaram um volume de chuva de 13 milímetros. No total, a precipitação chegou a 63,8 milímetros segundo os relatórios da Defesa Civil. Por volta da meia noite, os ventos chegaram a atingir 55 km/h. “Não teve telhado que resistiu”, disse o coordenador. A faixa mais atingida foi a que fica entre o lado esquerdo da Avenida Iraí e o direito da Avenida Ayrton Senna, no sentido de Piraquara.
Distribuição
Até o meio-dia, já tinham sido entregues 120 rolos de lona e 2,5 mil telhas para mais de duas mil pessoas. Até o fim do dia, a Defesa Civil do município espera o recebimento de dez mil telhas enviadas pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina e de 5 a 8 mil telhas que serão compradas pela prefeitura.
Outros 100 rolos de lona também devem ser adquiridos e entregues, conforme critérios sociais, ao longo do dia. Com isso, espera-se atender cerca de 700 casas atingidas.
As famílias afetadas pelas chuvas em Pinhais podem procurar os postos de atendimento no barracão da Secretaria de Obras; no Centro de Referência de Assistência Social Maria Antonieta , na Vila Maria Antonieta; e no Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), no Centro.
Às 11 horas, 57 pessoas aguardavam na fila para serem atendidas. Conforme a assessoria de imprensa, nos locais disponíveis podem ser solicitadas lonas e telhas e, conforme a necessidade, cestas básicas, cobertores e colchões. Até o momento, nenhuma família precisou ser abrigada.
Serviço:
Cras Maria Antonieta, Rua Leila Diniz, 361, Vila Maria Antonieta
Creas, Rua 21 de Abril, 321, Centro
Secretaria de Obras de Pinhais, Rua Carlos Drumom de Andrade, 166, Jardim Grande.
Em Curitiba, há informação de 300 residências afetadas nas regiões do Cajuru, do Boa Vista e do Boqueirão. Na capital, 1,5 mil pessoas foram afetadas. A Defesa Civil está distribuindo lonas para a população.
No Litoral, Antonina registrou estragos em 50 casas, com 250 pessoas afetadas. Guaratuba teve menos problemas: são quatro residências e 20 pessoas afetadas. No Interior, a região dos Campos Gerais é a mais atingida. EmCampina do Simão, 50 residências tiveram danos. Ponta Grossa e Pato Branco oito residências em cada cidade foram afetadas. Já no Oeste, em Cascavel, foram 30 as pessoas atingidas. “A preocupação maior da Defesa Civil agora é a região nordeste do estado, entre Ponta Grossa e Londrina. Há previsão de mais chuva e nas próximas horas e é preciso ficar alerta”, diz o capitão Angelotti.
Sem luz
As fortes chuvas das últimas horas deixaram muitas pessoas no escuro. Em Curitiba, ainda há 1,3 mil unidades consumidoras sem energia, de acordo com a Copel. A companhia registrou, entre as 17h30 de segunda-feira e as 10h desta terça-feira, 130 mil unidades sem luz na capital, região metropolitana e litoral. As regiões mais afetadas pela queda de luz foram Araucária, Lapa e Fazenda Rio Grande.
Estragos na segunda-feira
As chuvas que atingem a região de Curitiba desde esta segunda-feira (22) causaram estragos por toda a cidade. O granizo que caiu durante a tarde quebrou telhas e o vento derrubou árvores. O trânsito ficou complicado e pelo menos 55 mil casas ficaram sem luz emCuritiba e região metropolitana na segunda.
Na manhã desta terça, o Corpo de Bombeiros registrava dezenas de chamados de casas destelhadas.
No Capão da Imbuia, na Rua Alberto Monteiro de Carvalho, próximo ao Detran, quatro casas foram destelhadas na mesma rua. Móveis foram destruídos e as famílias precisaram improvisar um abrigo em meio à água que não parou de cair até de madrugada.
A dona de casa Liane Semiceki Costa conta que ao chegar em casa se deparou com o marido erguendo móveis para que não molhassem. “Minha cama não tem mais o que fazer, vai pro lixo, molhou muito. Passamos a madrugada puxando água e colocando toalha e coberta no chão para tentar conter um pouco. Tivemos que nos amontoar num cantinho pra poder dormir, não tinha mais lugar que não estivesse ensopado”, diz.
Pela manhã, o Corpo de Bombeiros foi até a residência de Liane e improvisou o telhado com lona até que as telhas possam ser substituídas. Chamados de PiraquaraFazenda Rio Grande ePinhais para o mesmo tipo de intervenção nos foram registrados pela corporação.
Fonte: Gazeta do Povo

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